Era como uma colcha de retalhos feita de sons, estilos e presenças. A seleção de bandas da primeira edição do Porão do Rock parecia ter sido costurada com o cuidado de quem sabia que estava registrando um momento fundador. Cada nome no line-up carregava uma energia particular, um recorte da cena musical que fervilhava nos porões e garagens de Brasília.
Na linha de frente estava a Maskavo Roots, que já começava a circular com força no cenário nacional. A eles se somavam a irreverência da Pravda, a presença marcante da Plástika, a pulsação bruta da Cachorro Cego e a energia da Engels Espíritos Band. Era um palco onde as estéticas divergiam e, ainda assim, se encontravam no mesmo grito coletivo.
Auravil, Nulimit e Mata Hari traziam um frescor que misturava o experimental com o pop, enquanto Zamaster e BsB Disco Club adicionavam novas camadas sonoras à noite. James Band, Rodeo Drive, Bigroove e Ponto G completavam o time, cada uma com sua pegada, cada uma com sua tribo, sua sonoridade, seu manifesto.
Juntas, essas catorze bandas foram mais que atrações. Foram os alicerces de um projeto que se lançava ao desconhecido com coragem e identidade. Naquela noite, mais do que um festival, o que se formava ali era um retrato sincero da diversidade musical da capital.
- Auravil
- Bigroove
- BsB Disco Club
- Cachorro Cego
- Engels Espíritos Band
- James Band
- Maskavo Roots
- Mata Hari
- Nulimit
- Plástika
- Ponto G
- Pravda
- Rodeo Drive
- Zamaster
