Era mais do que música. Era movimento. A primeira edição do Porão do Rock não nasceu por acaso, nem surgiu do nada. Veio da soma de esforços, da crença compartilhada por gente que sabia que Brasília podia pulsar com ainda mais intensidade.
No centro dessa construção estavam as bandas que ensaiavam em um endereço que já se tornaria lendário: o porão da 207 Norte. Foi dali que emergiu a vontade de fazer diferente, de ocupar os palcos com identidade própria, sem esperar por convites de fora. Com apoio da G4 Produções, da For Rock Promoções e da cooperativa das próprias bandas, esse desejo coletivo foi tomando forma, ganhando estrutura, som, luz e lugar. A Secretaria de Cultura também se somou a esse impulso, ajudando a viabilizar o que, até então, parecia apenas um sonho distante.
Mais do que idealizar, essas pessoas fizeram. Montaram, carregaram, divulgaram, conectaram. Levantaram um festival que, já em sua primeira edição, mostrava potência e propósito.
Naquela noite na concha acústica, quando os amplificadores começaram a rugir e os primeiros acordes tomaram o ar, estava claro: a ideia era boa demais para ser passageira. Era o início de algo maior. Palmas para quem acreditou e colocou o festival de pé. Que o Porão do Rock seja apenas o primeiro capítulo de uma longa história escrita com guitarras, coragem e encontros.
