• Porão do Rock
  • 1999
  • Resenhas dos shows de sábado

Resenhas dos shows de sábado

TIJOLADA REGGAE
Chatíssimo show, a banda pratica aquele tal de raggae roots que só faz sentido nas bandas do Maranhão e da Jamaica. O repertorio é do CD lançado "O tempo", sem carisma a banda iniciou o Porão 99. Legal do show só mesmo a piada que rendeu ao fanzine "A Verdade" "Antes uma pedrada na cabeça do que uma tijolada reggae".

AMANITA MUSCÁRIA
Uma zorra musical que eles classificaram na imprensa como mistura de metal, hard rock anos 70, maracatu e bossa nova. Juro que nunca pensei que juntando todos esses estilos daria uma coisa tão ruim assim de se ver e de se ouvir.

BOIS DE GERIÃO
O ska dos Bois saiu prejudicado quando eles se bandeiam para o lado do punk rock e vice-versa, mas estão melhorando, já vi shows deles piores que este. Saíram como a banda revelação do festival. Kid Vinil elogiou o show, mas se quer assistiu o show. Kid Vinil estava, longe do palco, de costa para o telão sem chance de ver os Bois em ação, mas isso é só um detalhe.

NEURAS PLANETOIDES
São capazes de dar neuras nos humanóides. Que banda ruim.Tomem isso como elogio, o fato de serem considerados banda. Alex Podrão, com aquele vocal "Eu-Queria-Ser-Max-Cavalera", e seus comparças fazem um funk rock de dar medo. Comprando o CD demo dos caras você estará mostrando toda babaquice que você é capaz quando o assunto é dinheiro, não é que é o nome do cd dos rapazes.

PONTO G
Não irão chegar ao ponto g nem f... O show foi tão ruim que, até o palco em sinal de protesto, promoveu um apagão. Os caras não entenderam e mesmo assim, o baterista continuou tocando contrariando a ordem divina de encerrarem o show. Show? Que show?

ENGELS ESPÍRITOS BAND
Desafiando o risco de engolir sua gaita, o bluesman fez o primeiro bom show do festival aliais bons shows são com eles mesmo. A Espírito Band tem o poder de cativar o publico independente de qual for à tribo que esteja presente nas suas apresentações, apostando no virtuosismo e no Rock and Roll básico com pitadas de blues, no palco a banda mostra ainda porque são espíritos porque quando Engels saca sua bat-gaita de seu bat-cinto de utilidades eles somem dando lugar para o seu frontman.

NULIMIT
O limite da paciência de alguém é ter que assistir o show da NULIMIT. Eles assassinam a soul, black, disco, MPB e ainda comprometem o funk com o nome de seu CD de estréia "Funkmetria". O vocalista Clausem se irritou com um rapaz do público. Quando o rapaz pediu uma música, Clausem justificou dizendo que não sabia que era pré-requisito para se apresentar. Show tão chato, que irei colocar meu saco no seguro, caso seja castigado novamente a cobrir outro show deles.

ULTRAMEN
Boa banda da nova geração de Rock sulista. Apresentaram um set desconhecido, mas bem coeso e executado com perfeição, mostrando credibilidade conquistaram facilmente a simpatia do publico, o CD foi bem procurado no stand de venda, musicalmente falando a banda é um elo entre os Beasty Boys e o De Falla.

PRAVDA !
A banda possui três clássicos inquestionáveis na música brasiliense. "66", " Morengueira contra 007" e "Sexo fácil ". No palco não são bons nem a pior porcaria do festival. Incluíram um DJ pra dar aquele ar de modernidade, dizem estar lançando em breve o segundo álbum. Quem sabe assim consigam nos emocionar algum dia.

SHEIK TOSADO
O Sheik não vive a sombra de Chico Science e Nação Zumbi e nem tão pouco na aba do Mundo Livre S.A. O show é adrenalina pura, diversão garantida. China o passista eletrificado é quem faz o público enlouquecer. A banda segura no palco. Pouca conhecida pelo público, saiu com o titulo de melhor show do festival. O CD que saiu pela Trama, não estava a venda nas barracas. Depois de ter visto o show descobri porque hardcore brasileiro é o frevo.

RUMBORA
Apesar de alguns problemas técnicos, se saíram bem. Poderiam ter sido melhor, mas enfim, aproveitaram o momento e gravaram o clipe da música "o ó do borogodó". Como sempre Bacalhau espancando seu kit, como um Tyson em dia de fúria, roubou a cena.

MASKAVO ROOTS
Eles podem tocar Raul "Aluga-se", Cidade Negra "O Erê", Luiz Gonzaga "Qui Nem Jiló" e Paralamas do sucesso. Injustiçados pelo público, pelos programadores de radio e até pela TV, o Maskavo Roots era pra estar levando música de qualidade para muitos lares neste país. Com fãs como o pessoal do Pato Fu e Skank, a banda faz um som profissional e competente, coisa cada vez mais rara, e mesmo assim não atingem um bom nível de venda. Não vendendo, a industria fonográfica logo fecha algumas portas e inviabiliza alguns projetos. Encerraram a noite em altíssimo astral mostrando toda sua força e experiência.