Edição "tardia" do Fina Flor está repleta de novidades

Novidades, entrevista com Violator e um especial sobre o Porão do Rock 2006. Vale a pena conferir a edição de JuJu como o próprio Fellipe define!

Informativo DEFINITIVAMENTE Aperiódico, Sem Fins Lucrativos e/ou Eleitorais

JuJu06 (JuJu06 é uma abreviação bem bicha para Junho Julho de 2006)

EDITORIANDO:

Um prejuízo aqui, outro prejuízo ali, o barco vai afundando e eu vou tentando retirar a água que entra com meu caneco do Flamengo. Estive bastante ocupado com outras produções e devido a uma sinusite que entrou solando na minha vida (Ana Flávia), obrigando-a a ingerir alguns venenos e enriquecer um pouco mais a indústria farmacêutica, o que ocasionou um grande atraso no lançamento deste número do Fina. Lamento pelo atraso, mas o meu álibi segue no cabeçalho: “aperiódico”. Uma coisa, contudo, foi boa nisso tudo: notei que algumas pessoas sentiram falta do Brasília, Fina Flor do Rock, e isso, caros amigos, é reconfortante, afinal, eu pensei que escrevia ao léu. Voltando um pouco ao assunto dos venenos, é trágico constatar que um remédio que tomamos para curar um mal causa outra reação, a qual, por sua vez, só é eliminada com a dose de alguma outra mistura química, ou seja, ação-reação-dependência-laboratório humano-lucratividade-e morte lenta das cobaias. Ah, já falei demais para um editorial, deixe-me calar os teclados e fiquem com o restante da Flor que brotou, tardiamente, em junho.



NOVIDADES COM CHEIRO DE MOFO:

# Ademir deixa a Death Slam após mais de 10 anos de excelentes serviços prestados. Em seu lugar foi convidado o Dr. Smile, baterista das bandas ARD, Murro no Olho e Besthöven e editor do irmão Fúria Urbana. A banda já começaria a ensaiar com a nova formação (a 30º), mas durante a edição do Caga Sangue Luxe Edition - no estacionamento do Conic - roubaram todo o equipamento do guitarrista Adélcio. Como diria o poeta, “miséria pouca é bobagem!”

# Ocorrerá dia 10 de junho, na sede do PSol (Conic), a última edição do Caga Sangue, evento idealizado e organizado pelo Tiago Babosa. Nessa despedida, tocarão as bandas: Mayombe (lançando, finalmente, seu 7ep), Orgy of Flies, Utgard Trolls, Slaver, Os Maltrapilhos, Desastre (GO) e os bastardos da Noise Incorporation. As portas serão abertas às 16 horas para quem contribuir com 5 reais.

# Rolou dia 20/05, no Círculo Operário no Cruzeiro, a primeira edição do School of Thrash, show no qual a Violator gravou imagens para o primeiro vídeo clipe que sairá no próximo CD. Certamente, o vídeo maker nunca captou tantas imagens insanas em sua vida como nesse dia!

# O selo Kill Again apresenta a nova aquisição de sua artilharia: Eternal Devastation. A banda goiana, inclusive, foi responsável por uma das melhores apresentações da 4º edição do Headbanger´s Attack.

# DFC faz a primeira apresentação no DF com seu novo baterista, João, o qual é aprovado por unanimidade!

# Possuído Pelo Cão lançará sua promo no dia 16/06/06, batizada de “Semen Churches”, na sede do Psol (Conic), em uma apresentação ao lado da paulista SickTerror. Será a primeira vez que os paulistas pisarão no DF. Tocarão ainda: Bombardeio Geral, Terror Revolucionário, Murro no Olho e Besthöven. Mais informações sobre o show: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e para curtir um pouco do som da PPC acesse www.myspace.com/possuidopelocao

# O site DFHardcore está de casa (e cara) novas. A mudança trouxe mais agilidade para o projeto virtual de Alice e Hery. Visitem e confiram: www.dfhardcore.blogspot.com

# O incansável Ari, idealizador do Ferrock, arma uma nova façanha: 15/06, no Clube da CEB, 914 sul, tem DF Metal Festival, com: Viper, Andralls, Spiritual Carnage, Tuatha de Danann, Symbols, Blazing Dog, Demolish e Flashover. Eu esqueci o valor do ingresso, mas não passará de 20 reais. É um investimento bem barato para muita diversão e qualidade!

# A Orgy of Flies termina o projeto gráfico e finalmente disponibiliza seu novo CD demo. Como eu já comentei o mesmo, quando estava sem capa, pedirei apenas que entrem em contato com a banda, adquiram e comprovem se eu estava mentindo quanto a altíssima qualidade do Death-Metal desse power trio matador. Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

# Gabriel deixa a Flashover. Rafael, que passou pela banda, retorna para o cargo.

# O prestígio do estúdio ME está crescendo dentro da cena. Slaver e a Disforme acabaram de gravar por lá seus CDs demos.

# Hordas do Caos é o nome de um festival anti-fascista organizado por integrantes das bandas Disforme e Utgard Trolls, que rolará nos dias 5 e 6 de agosto no Galpaozinho (Gama), e contará com a presença de outras 13 bandas, dentre elas: Violator, Sociofobia (GO), Desastre (GO), WC Masculino (GO), entre outras. Para informações mais completas, entrem em contato com Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

# A Poena, assim como a Rotten Purity, decidiram encerrar suas atividades.

# Maravilhosa notícia: a Galinha Preta não acabou, a banda só está dando um tempo para que o Embass recupere sua audição. Coisa de alguns meses...

# Misael, que passou pela banda Rotten Purity, é o novo baixista da Pulverizing.

# Alexandre, que gravou o CD com a Pulverizing, e que também já foi da Rotten Purity, é o novo baixista / vocalista da Bizzarre Kings, que também recebeu o guitarrista Diego.



ENTREVISTA OU BATE-PAPO:

Não vou nem apresentar nada, o Espinha falou tudo, as respostas estão bem completas, então vamos direto ao ponto, que essa edição já tá grande demais e eu vou ter que penhorar meu som para poder pagar as cópias. Boa leitura!

01) Juiz de Fora (MG) foi a 1º apresentação da Violator como um power trio. Como foi o resultado, principalmente para você que teve que mudar o seu jeito de tocar. A última com relação a esse assunto: até pouco tempo vocês estavam cogitando um substituto para o Juan, agora, depois desse show vocês abortaram a idéia?

R.: Antes de mais nada, valeu seu magrelo dis-graçado! É tipo um sonho aparecer em um zine teu (risos) Putz! O show de Juiz de Fora foi muito insano. Muito mosh e stage dive ao lado de algumas das melhores bandas de Thrash do país. O power trio funcionou fodidamente bem, graças ao Batera e ao Capaça, que mandam bem para caralho, já que eu só fico correndo de um lado pro outro! (risos) A gente não descarta a possibilidade de um novo Viola, mas tá difícil de encontrar alguém que toque legal, seja nosso camarada e ainda curta calças toradas! (mais risos). (ndr.: pára de rir, velho, Headbanger não pode ser feliz assim! Risos!)

02) Li no Psychosis Death que o novo álbum virá ainda mais rápido que os lançamentos anteriores (demo, coletâneas e ep). Pode-se considerar que esse aumento na rotação deve-se ao fato da proximidade da Violator com o universo Hardcore. Aproveitando a deixa, como é tocar em uma banda de Thrash que agrada muitos Punks e HCs?

R.: Esse velocidade não vem necessariamente do HC não, até porque só tem eu na banda que pira mais no Thrashcore/fast, essas loucuras. O som rápido vem do Thrash pião mesmo, que quanto mais rápido é melhor, claro que temos influências Hardcore, porque todo Thrash tem influência de bandas Hardcores inglesas e americanas da década de 80. o Violator é Thrash puro, como está no nosso 1º release. É claro que achamos FO-dido que vários Punks e Hcs gostem da Violator, porque acima de subgêneros, nos acreditamos na cena Underground e DIY como um todo. É claro que tem cuzão que deve ficar de fora.

03) Fora a rapidez, o que mais pode adiantar sobre o novo trabalho? Sei que ele iria ser produzido em Sampa, mas acabou que optaram por uma produção local. Qual o motivo da mudança?

R.: Com a saída do Juanito Tododoido, os planos de ir gravar em Sampa ficaram de lado. Sairia muito caro par a gente rachar só entre 3 pessoas. Conseguimos fechar um esquema com o Orbis Estúdio, onde gravamos o Violator Mosh, e as gravações estão quase acabando. E tá ficando muito foda! Posso adiantar que eu tô ficando bestificado com a qualidade da gravina, da velocidade do Batera, as palhetadas do Capaça tão mais insanas do que nunca. Serão 8 sons do mais carroceiro old school Thrash Metal. E ainda terão dois sons para sair em split com os crossover maníacos da Bandanos. Até o 2º semestre, espero que esteja tudo aí!

04) Atualmente, várias bandas citam a Violator como influência, algo que percebemos tanto pelo lado musical quanto visual. Concorda que isso tem uma carga de responsabilidade muito grande? Como vocês, tão jovens, lidam com essa situação, se é que já se deram conta disso?

R.: Porra, eu nem sei lidar com isso não! (risos) Eu tô ligado que a Violator exerce influência sobre algumas pessoas. Tento ser o mais coerente possível em minhas atitudes e tento passar e falar as coisas que acreditamos nos shows. Sempre tento ser o mais respeitoso com todo mundo que gosta da banda. Até quebrar essa dicotomia banda/público ou ídolo/fã, isso num tem que existir no Underground. Ás vezes é foda, vem uns caras perguntando sobre minhas opiniões, sobre o que penso da vida e do mundo. Respondo, mas fico sem graça, porque a gente não tem mais autoridade que ninguém para opinar sobre qualquer coisa. Somos uns moleques Thrash pião! (risos)

05) Tinha um professor que costumava dizer: “só as pessoas fracas precisam de um Deus, por isso inventaram um!” Você concorda com isso? Com a saída do Juan, agora na Violator é maioria os que acreditam em Deus. Como vocês lidam com essa e outras diferenças ideológicas dentro da banda?

R.: DE ONDE VOCÊ TIROU ISSO, FELLIPE?!? (ndr.: bom, eu tenho a nítida impressão que você me falou isso. Lembro até que traçei uma comparação com a Slayer, onde 2 acreditam na existência divina e 2 não. Então, sei lá, vai ver eu sonhei com isso, mas é estranho, pois geralmente sonho com mulheres nuas... a Rose!). Putz, na Violator são todos 100% ateus, não gostamos de cristo na cena e detestamos qualquer vínculo com a igreja ou religião. Sempre foi assim! É claro que existem diferenças (e não divergências) ideológicas na banda. Mas é tudo levado numa boa. Eu tento não impor minhas idéias sobre anarquismo, ou veganismo, apesar das letras refletirem um sentimento de repúdio ao Estado, à tirania ou a políticos. Mas não somos uma banda que levante uma bandeira ideológica, a não ser o faça-você-mesmo. Somos uma banda de Thrash-Metal, nosso vínculo é com a cena, e realmente acreditamos nela. E esse sentimento, nós 3 compartilhamos muito bem.

06) Uma curiosidade: o modelo da guitarra do Capaça não é tão convencional, sendo assim, queria saber a procedência da mesma. Ela é importada da China?

R.: Éverdade. Ele trouxe aquela guitarra da China, logo após uma viagem pra Machado (MG), que você deve se lembrar muito bem. (muitos risos!)

07) Cara, e o perseguidor maníaco, como nasceu essa relação? Como foi a gig com a Calcinha Preta. Outra, se eu não estou comendo ninguém da Violator, o safado do Jorge “Rolldão” Aragão está sozinho nessa putaria. Reinvidico, pois, meu espaço nessa terra da aludida Sodoma e Gomorra.

R.: O perseguidor maníaco é uma farsa tentando fazer sucesso às custas da Violator! Rapaz, esse é o Rodinha e já é uma lenda urbana! Ele vive assinando todos os blogs, sites e guestbooks que encontra para falar mal dos violas e dizer que na década de oitenta a gente num tava nem no “saco do pai”. Ele criou fotolog, inventou um cartaz falso da gente abrindo pro Calcinha Preta (se rolasse ia ser FO-dido), e muitas outras coisas. O cara perde muito tempo com a Violator! Rodinha, se você estiver lendo isso aqui: um abraço! (risos) E ele sempre diz que a gente é enrabado pelo Rolldão e por você, Magrelo. Isso me cheira a ciúmes, hein?! (risos)

08) Espinha, fale um pouco sobre seus outros trabalhos na frente Underground: Possuído Pelo Cão e Underground Ways.

R.: Bicho, minha vida é esse Rock imundo. Nessa vida de dinheiro e chatice, a cena é uma das poucas coisas que me traz um pouco de alegria. Então eu tô atirando para todos os lados! Possuído Pelo Cão: banda Crossover/Thrashcore que eu e o Juan montamos para fazer nossas insanidades HC. Capitão Baborsa na guitarra, Túlio DFC no baixo, o mágico Tubas na batera e agora o recém recrutado Lucca Miséra. É naquele esquema: toque rápido ou morra! Underground Ways: programa de rádio tosco e sujo. O Hery apresenta comigo, além da coluna do pícaro Merchanda. Segunda-feira às 20h! http://ralacoco.radiolivre.org . Faz parte do meu trabalho ao lado do coletivo Ralacoco que tem algumas atividades bacanas pra democratização da comunicação. Caga-Sangue Productions: produtora de shows com Capitão Barbosa! A idéia é fazer as gigs mais carroceiras do DF! Vamos organizar umas thrasheras bacanas!

09) Como rolou a participação da Viola no DVD da revista Da Tribo? Quem registrou as músicas e de qual show foram retiradas?

R.: Rolou da maneira mais simples possível. Íamos tocar em Campinas ao lado dos camaradas da Funeratus, que iam aproveitar para filmar o show para a revista. O Cierão ligou para a gente e perguntou se queríamos participar. Na hora topamos. E rolou. Foi do caralho todo o lance do DVD, uma puta iniciativa corajosa e um ótimo veículo de divulgação para todo mundo que participou. A gente é a banda mais tosca do vídeo, pode ver (risos), mas acho que deu para pegar um pouco da energia e da animação de um show da Violator.

10) E aquele cassete lançado pelo selo boliviano, cara. Fale um pouquinho daquele belo artefato.

R.: Putz, aquilo foi lindo! O pessoal da Grim Art resolveu lançar o Violent Mosh em fita K7. Pena que foram só 666 cópias! As nossas acabaram muito rápido, sorte do Gilvany, que por cagada pegou a fitinha # 01. Se der tudo certo, o próximo Violator também vai sair por lá.

11) A mesma ladainha de sempre: espaço curto, fotocópia cara. Logo, seja conciso em suas últimas palavras.

R.: Vou tentar. Muito obrigado, Fellipe. Esperei muito por esse momento (risos), muito obrigado a todo mundo que sempre apoiou a Violator (espero nunca desapontar nossos eternos camaradas) e a todos que lêem essa porcaria aqui, vocês mantêm a mídia alternativa viva. Agora os jabás: escutem underground Ways, apareça no Caga-Sangue e não deixem o Magrelo cuidar da próxima arte da Terror! (risos) Thrash Maniax Till Death!



BANDAS:

DYNAHEAD: A Dyna (ndr.: não, não me refiro a minha vizinha. Dyna, no caso, é um modo carinhoso de chamar a banda Dynahead) volta com material novo e mais uma vez de grande qualidade, em especial, a parte gráfica que está impressionante, já que a novidade mor, o DVD da apresentação da banda no Porão do Rock 2005, não apresenta a mesma qualidade de gravação da ótima demo “Unknown”. Ao vivo, executaram 7 músicas, dentre elas a versão para “Losing my Religion” da REM. O menu contido no DVD pirata também é bem interessante, muito melhor até que muito DVD oficial. Os músicos são muito bons, em especial, os guitarristas e o novo batera Marlon (ndr.: que já saiu!). Outra atração vem por conta das novas cópias do CD demo que agora traz um cover da Anthrax que a banda fez para o tributo. Uma pena que a música que tenham escolhido foi da fase J. Bush... É torcer para que a qualidade musical da Dynahead não caia quando o CD oficial, que está batendo na porta, sair! Cont.: www.dyanhead.com.br , Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou (61) 9622-2220



HORDI I PROGREÇU: Os caras fizeram a capinha na loucura, segundo eles, “só para me entregar”. Bom, a pressa não adiantou muito, pois a carniça do Fina Flor demorou pacas para sair. Não fosse a tosquidão da inexistente parte gráfica, esse CD demo estaria um pouco mais abaixo, na seção “Destaques da Edição”, para ser mais exato. Contando com a zoeira de “Partidão”, são 12 sons no total, sendo que umas composições se sobressaem. Os destaques desse liquidificador Hardcore Punk ficam a cargo do ótimo vocalista e das boas letras por ele escritas. Boas idéias a H.I.P. mostrou de sobra nesse bem gravado CD demo, na verdade, um produtivo ensaio gravado no Dr. “Cabeção” Ed. Cont.: (61) 9102-5126

JANICEDOLL: O cara me entregou o CD, me mandou email e eu nem respondi o cara para avisar que recebi o material e agradecer a confiança, etc. O cara deve estar pensando que sou um desgraçado! Bom, eu sou, mas não desses que dão calote, matam, invejam e outras coisas ruins, mas sou, não posso negar. Deve estar achando também que eu odiei o som da banda, mas não, muito pelo contrário, eu achei é muito legal o CD e as músicas muito bem feitas. O mais correto é dizer que o cd demo todo está muito bem feito: ótima gravação, bela parte gráfica, músicos eficientes, músicas boas e eficientes e por aí vai, nem parece se tratar de um primeiro trabalho. Fiquei também muito impressionado quando vi os caras ao vivo: primeira banda de um show de muitas bandas e o quarteto estava lá mandando um Rock Garagista bem Seattle com muita personalidade. A demo tem 4 sons e se chama “You don’t know hard it is”. Um belo cartão de visitas para um futuro que pode ser promissor! Cont.: www.janicedoll.com

ZÉ RECADO & TOMMY NOTA: Estava panfletando na porta do show da Massacration e um carinha falou: “Você pode esperar um minuto, eu queria lhe passar um CD da minha banda?”. Lógico, respondi. Daí o camarada saiu e poucos instantes depois voltou com o prometido e alertou: “Acho que você não vai curtir muito, mas pega aí, dá uma ouvida!”. O que posso dizer é que você errou feio, pois eu achei muito foda a sua banda. E, cá entre nós, não só eu curti muito o som da ZR&TN, como minha filha também. E sabe por qual razão ela curtiu? É que parece muito trilha sonora de desenho animado antigo, cara, é muito Billy o som de vocês e vai tampar uma brecha deixada pela Little Quail. É diversão garantida o som desse trio! O conteúdo lírico é digno de louvor, com destaque especial para os escritos de “Moda” e “Deus existe”, que parecem terem (ou parecem ter sido? Bom, eu sempre tenho dúvida. Mas vocês entenderam, né?) sido escritas pelo Natinho. Como todo Billy que se preze, a ZR&TN tem uma essência Punk-Rock que faz a diferença, um leve toque de Toy Dolls que torna a música ainda mais divertida e dançante, e um baixão muito na cara. Se a parte gráfica fosse mais completa, se existisse algum encarte com mais informações, esse CD demo ganharia 10. E se eu fosse dono da Prótons, essa banda estaria entre as próximas da prensa! Cont.: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou 9984-7398

INTOXICATED: A gravação do CD demo, gravado durante um ensaio, é bem ruinzinho, sejamos francos, mas isso não impediu de vislumbrar qualidade no SpeedThrash desse trio vindo do Eixão da Morte. “Speed Assault Songs” contém 3 músicas curtas e rápidas, sem muitas firulas, exceto por um dos vocalistas, não sei qual, que vira e mexe dá uns gritos que desafinam por alguns momentos. Fora isso, estamos diante de outra grande banda de Metal do DF que parece ter saída dos anos 80 direto para 2006 anunciando em seus riffs que o New Metal deve ser enterrado! Cont.: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou SQS 203 Bl. D Apt. 503 – Bsb – DF – 70233-040



DESTAQUES DA EDIÇÃO:

OS MALTRAPILHOS: Banda velha, integrantes enrugados, mas com sangue adolescente correndo quente nas veias e um Punk-Rock com influências do Hardcore que muito lembra o começo do Punk no Brasil. As referências musicais são muitas e todas vindas da velha escola, logo, não espere nada de choradeira por aqui, apenas o bom, velho, insubstituível e imortal Punk-Rock Hardcore brasileiro. O CD demo “Desemprego-Desespero”, com excelente gravação (fruto do árduo trabalho no ME Estúdio), ficou com uma produção tão caprichada, tão acima da média, que mais parece um trabalho oficial. São 14 músicas (incluindo aí covers das bandas TFP, NADA e Besthöven) e, entre as faixas, Os Maltrapilhos resolveu prestar uma homenagem para suas influências retirando um trecho de músicas de umas fitas cassetes que os integrantes ouviam nos tempos adolescentes. Algumas fitas mal rodaram... Demorou, mas valeu à pena! Valeu, Maltrapilhos! Cont.: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Cx. Postal 7318, Ceilândia, DF, 72225-971

UTGARD TROLLS: Não é à toa que a UT está com o prestígio em alta, seja junto à comunidade Punk, à cena Hardcore e até mesmo com uns Thrashers do DF. Fora as apresentações, que são verdadeiros barris de pólvoras, onde a Valéria mostra quanto veneno pode estar atrás de um belo rosto, a banda lançou um CD demo muito, mas muito caprichada mesmo. “Nuclear Grave” traz 7 sons, produção impecável e um Hardcore que mescla o que há de melhor na cena européia. D-Beat com refrões grudentos e uma boa pitada de Metal para dar o peso necessário. Sou um velho admirador da genialidade musical do guitarrista Moacir e, mais uma vez, o cara não me decepcionou! Tá na hora do debut! Cont.: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. . Favor, procurem pelo myspace desse quarteto Punk!

KILL AGAIN REC.: Agora fodeu tudo! O Rolldão Aragão lançou 3 arranca-cabeça de uma só vez: Attomica, Mortage e Retaliatory. Começo falando da Attomica, não só por ser minha preferida das 3, mas por se tratar de um relançamento (com bônus) de um dos LPs mais destruidores do ThrashDeath brasileiro da década de 80, o vinil amarelo dos cabeludos headbangers vindos do interior paulista. Agressividade, fúria, velocidade e peso eram os ingredientes básicos dessa receita e os 4 bônus aqui inclusos seguem a mesma receita, ou seja, mantém o padrão de qualidade do bolo amarelo recheado de Metal de altíssimo nível. Caso você, assim como eu, já tenha o bolachão, é prudente adquirir o CD, pois nele constam 4 novos mísseis; caso não tenha o vinil, você terá, então, mais outros 4 grandes e ótimos motivos para adquirir essa massa sonora! A Mortage é um quarteto oriundo de Campinas – SP, adeptos do old school, que lançou um grande disco, apesar de curto. “Trench for evolution” é um Metal vigoroso, um sonzão de encher os olhos e nos deixar orgulhosos para caramba. A mistura bem dosada entre o Death-Metal e o Thrash feita por esses campinenses reúne tudo o que se pode esperar e desejar de uma banda que transita por esses estilos. Aqui não tem modernidade, não tem inovação, tem apenas corações vomitando um Metal visceral e cortante. Grande banda, grande CD. Fechando a trinca de lançamentos da Kill Again, o selo brasiliense foi lá nos confins do Pará e descobriu um ouro puro e explosivo chamado Retaliatory, banda veterana que chega, com louvor e méritos mil, ao seu debut, que, certamente, será o 1º de muitos que virão. As 10 faixas de “Retaliatory Attack” revelam uma banda coesa – com destaque para a cozinha – que muita alegria dará aos Deathrashers brasileiros. O conselho é: arrumem grana e tente adquirir os 3 lançamentos, quem sabe o Aragão não dá um desconto pelo belo e obrigatório pacote metálico?!? Cont.: www.killagain.cjb.net ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

x LINHA DE FRENTE x / DZSEPERO: Um selo de Goiânia, no caso o One Voice do amigo Rodolfo, uma banda do DF, a x Linha de Frente x. Não fosse a presença dos capixabas da Dzsepero, esse lançamento seria muito Conexão Pequi. Muito se fala da LDF, que a banda é evangélica, que rola umas tretas e tal. Quanto ao evangelismo, eu não sei, pelo menos não está presente nas letras das músicas deste split-CD, ao contrário do esquema referente a tretas. Quem me deu uma cópia do material foi o batera Godô, não por acaso o melhor músico da banda (o moleque está sentando o braço sem dó na sua batera). O som, assim como a Dzsespero, é influenciado pelo HC NY (Mad Ball, 25 TaLife) e o chamado MoshCore. Braços para o alto, rapaziada acompanhando as partes cadenciadas nas palmas, Vegans se quebrando na rodo de pogo, enfim, dá até para imaginar a gig. Ambas também apostam na união do som HC com o Rap, inclusive se uniram para uma canção muito Hip-Hop. A produção está alto nível, mesmo a qualidade de gravação da LDF sendo superior aos dos capixabanos. A capa desenhada pelo Maneco, vocalista da LDF, é ótima. Ele é um grande desenhista e não por acaso um tatuador bastante procurado. Para não tomar partido em nenhum dos lados, o material segue comentado, pois, como alertado, o Fina Flor divulga todos os tipos de bandas de Rock, desde de que não tenham vínculos religiosos, nazistas e/ou fascistas. Cont.: www.myspace.com/xlinhadefrentex

CONEXÃO PEQUI:

ADVISER: A nova banda de Anápolis, não por acaso o novo destaque da região, traz uns extras que a Reator, antiga banda de Christian, guitarrista e segunda voz, não apresentava e são exatamente nessas cartas que estão os coringas da música da Adviser. Ao unir Death e Black-Metal à eletricidade do Thrash, a banda conseguiu uma mistura salutar dos estilos mais agressivos do Metal. As influências, logo, são diversas, entretanto, não danificam a coesão e o direcionamento musical desse quinteto que semeia o Metal em uma terra onde evangélicos parecem brotar do chão. Impaled Nazarene, Kreator (que era o norte e o sul da Reator), Slayer e muitas bandas de Black (as com vozes rasgadas) estão no rol de referências da Adviser. Aliás, os vocais de Hedrey são o grande destaque da banda. A única ressalva que faço está no vocal gutural feito pelo Christian, não que seja ruim, é que eu já havia me acostumado com os vocais à Mille que ele fazia antigamente. Cont.: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou www.sixtadviser.com

TERROR CORPSE: Banda nova em Goiânia e algo que todos já sabem: a cena de lá não pára, continua produzindo coisas maravilhosas para nossos olhos e ouvidos e o público de lá é um dos mais quentes e receptivos do Brasil! Caso você tenha uma banda, meu amigo, toque lá de qualquer jeito! Vamos à novidade e ela se chama Terror Corpse, banda de Metal extremo. Levando em consideração os nomes das 4 faixas, a dedução é uma só: os caras são filhos da capeta ou já fizeram o pedido para reconhecimento da paternidade. Se os títulos são pesados e extremos, o instrumental não deixa por menos: Death-Metal da nova safra, velocidade, porradaria e brutalidade em suas últimas conseqüências, com algumas pequenas pausas para a recuperação do fôlego, mais ou menos o que os carros de fórmula 1 fazem ao pararem no Box: param rapidamente e voltam voando para a pista! Espero que o próximo trabalho tenha uma produção melhor que essa promo-ensaio! Cont.: Rua 2 núm. 791, Vl. Moraes, Goiânia, GO, 74620-320 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

WARLIKKE: Death-Metal rápido e trucidador, com um ótimo trabalho de guitarras e um bom dueto de vocais. Em “Darkness World”, única música desse CD demo, o que é muito pouco para traçar um parâmetro sobre qualquer trabalho, nota-se influências musicais de Disgorge, Dying Fettus e Cannibal Corpse, ou seja, a podreira na medida certa a serviço do Metal extremo. Como não tem mais informações, não tem mais músicas, não tenho mais nada para falar. Embirrei! Cont.: (62) 3277-2376

FAST FUCK: Confesso que a parte gráfica do CD demo “Com a boca cheia de dentes” me deixou mais impressionado do que o conteúdo lírico e musical da Fast Fuck, nova banda sortuda distribuída pelo selo Two Beers Or Not Two Beers, que continua sua cruzada pela divulgação e crescimento do rico cenário Underground goiano. São 6 sons que navegam pela corrente musical Hardcore Punk-Rock, com uma certa influência da brasiliense Os Cabelo Duro, mesmo que a Fast Fuck não saiba ou não concorde com isso. Musicalmente, A FF não apresenta nada de novo, faz o básico do básico, da forma mais direta e simples possível; quanto ao conteúdo lírico, acredito que a banda tenha algumas boas idéias, mas que ficam incompletas, é como uma redação sem meio ou sem fim. Aliás, a letra “Riot Grrrls” é, com diria o Patolino, “desprezível!”. Cont.: www.twobeers.com.br ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

ÉPICOS: Será que o cara desenhado na capa é o Segundo daqui uns poucos anos? Coloquei o CD, apertei o play, sentei em frente ao computador para digitar a resenha e, surpresa, já tive que levantar para reapertar o play. “Consumista”, CD demo de estréia da Épicos, também distribuída pela Two Beers, tem 10 sons em 9 minutos de um Hardcore curtíssimo com umas nuances Punk-Rock para o coração voltar a bater no ritmo normal. O HC desse quarteto é total made in GO, visto que possuem características de nomes locais como HC 137, Against e WC Masculino, inclusive o Tiago, vocalista dessa última, empresta seu ótimo vocal na faixa “Bush matador”. O destaque vai para a curtíssima letra “Furto divino”. Cont.: (62) 8135-7427 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

JOANA D’ARK: Quando o Segundo me passou o CD e falou que era Gothic Metal, eu cheguei a sentir uns calafrios e, confesso, fiquei com um certo receio de ouvir o trampo da banda, mas não é que o diabo da banda me surpreendeu. Não é meu estilo favorito de música, longe disso, mas eles conseguiram mesclar bem os elementos da música Gótica e o Metal, e o resultado final até que ficou interessante. O fato das 5 faixas estarem em português também somou positivo para eles. A capa e a produção gráfica, bem como a gravação, também ficaram com boa qualidade. Outro ponto em que somam: os músicos não tocam muito, mas pelo menos não tentam fazer o que não conseguem, ou seja, são eficientes o suficiente para fazer o que se propuseram a fazer! Cont.: www.joana-dark.net ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

EXCEÇÕES:

DOMINUS PRAELII: Em tempos de Metais chorosos, é muito bom ouvir uma banda como a paranaense Dominus Praelii. Quando coloquei “Bastards and Killers” para tocar, sinceramente, fiquei emocionado. Não esperava tanta qualidade, até por que andava e ainda ando muito desconfiado de várias bandas que estão se intitulando Heavy-Metal por aí. Aqui, da 1° até a última faixa (a 9°), é Metal de verdade, em estado bruto, produzido por 5 Headbangers que sabem muito bem o que estão fazendo. E vou falar um lance agora que deixará você paralisado, apesar da faixa 9 ser um cover da Judas Priest, Grinder, nem de longe ela é a melhor música desse álbum matador! Influências de Judas, Accept e Iron Maiden (antigo) transpiram por todo o CD! Excelente! Cont.: www.dominuspraelli.com ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

CIRCUS SATANAE: Há mais de 20 anos nessa estrada do Underground, eu pensei que já tinha ouvido de tudo e que nada mais me chocaria. Ledo engano. Lord C. Docinhus entregou-me o CD e disse “toma aí um presente. Ouça lá e diga o que achou!” Peguei a capa, vi, analisei e pensei: “Caralho, que porra é essa?!? Deve ser um Death-Metal satânico das profundezas do inferno!” Coloquei o CD para tocar uma, duas, três vezes. Não acreditava no que meu ouvido esquerdo – pois o direito já foi para o saco há muito tempo – estava ouvindo. É muito bizarro e doentio para ser verdade! Mas, após ouvir a 4º vez e analisar todo conteúdo lírico e gráfico e deparar-me com a foto do baterista Necrophagus Satanicus, vi que aquilo tudo era, não só possível, como real. Esses dois caras, só os 2, conseguiram fazer um Noise mais biruta e divertido dos últimos anos. Além das letras divertidas, ainda têm as vinhetas do Hermes e Renato para alegrar mais a festa. Musicalmente, o batera arregaça e o Noise da Circus é um polvo louco cheio de influências: Death-Metal, Grind, Black-Metal, Jazz, Samba, etc. 17 minutos de bizarrice e alegria! Fora a gravação que é tosca, o resto é tudo nota 10! Cont.: www.myspace.com/circussatanae ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

WITCHHAMMER: Banda velha de BH, dos tempos dourados dos Warfare Noise, que também está de volta, bem como seus conterrâneos da Chakal, Sextrash e Holocausto, com as quais, inclusive, farão um show em agosto na capital mineira. Será histórica essa reunião! Todas as 4 lançaram novos registros, falo agora de “Ode to Death”, um baita discão de Metal, Thrash para ser mais preciso, mas um Thrashão permeado por diversas referências dentro do rico universo da música pesada. Cadenciado, rápido, trabalhado, sujo, pesado, agressivo e alguns outros tantos adjetivos que você vai descobrindo ao longo dos 13 clássicos aqui contidos. Um deles, que fique o registro, cover de uma das primeiras bandas de Metal do bairro de origem da Witch, a “Sagrado Inferno”. Vale mencionar também a importante participação de músicos de bandas cruciais do cenário mineiro, como Korg, Tchesco, Pinguin, entre outros. Como diz a própria Witchhammer em uma de suas faixas: Headbangers Unite! É isso: ouça e apóie o Metal nacional, ouça e adquire “Ode to Death”! Acham que eu estou exagerando? Então perguntem aos que viram esses velhos (ndr.: foi mal aí, Fidistrupo!) na 4º edição do Headbanger’s Attack! Dois detalhes: faltou o contato da banda e a arte final poderia ter ficado mais legal! “A única democracia possível é a da morte!” Mais verdadeiro que isso eu estou para ver! Cont.: (31) 3423-0232

COMPANHEIROS DE HOSPÍCIO:

POSSUÍDO PELO FUDIDO BLACK METAL: As matérias são bem escritas, o porcão imundo saca muito de Black-Metal mesmo, tem uma merecida matéria dos deuses do Metal Negro (Celtic Frost, of course), mas a porra do fundo quase sumiu com todo o ótimo conteúdo aqui contido. Ele prometeu ser mais cuidadoso quanto a isso no próximo número que deverá sair em julho. Um pequeno conselho: dá para diminuir um pouco o tamanho das fontes e aproveitar mais os espaços para mais conteúdo! Ah, coloque mais bandas brasileiras também, sua imundice do Conic! Cont.: Acampamento Rabelo, Rua Mato Grosso, Cs 01, Vila Planalto, DF, 70800-000 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

DARK ZINE: Formato A4 dobrado, 8 páginas com diagramação simples e conteúdo voltado ao Doom, Death e Black-Metal. O fundo utilizado é até bonito, mas atrapalha um monte a leitura. Outra coisa: Por que divulgar tantas bandas grandes sendo que elas já possuem espaço em revistas tradicionais? Nada contra essa prática, cada um na sua, mas têm um milhão de bandas necessitando e merecendo mais essa oportunidade de divulgação em um veículo como o nosso! Cont.: Qd. 01 MR 09 cs. 04, St. Sul, Planaltina, GO, 73753-010 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

COITADO: CUIDADO, COITADO COTIDIANO!

Sabadão. Acontecimento tão recente que as imagens ainda estão queimando na minha caixola. Taguatinga Centro, em frente à Administração de Taguatinga, e lá estava um trio elétrico enfeitado com umas placas – uma de cada lado – do deputado Brunelli. Passei em frente, estava dentro do ônibus, deu para perceber que, felizmente, tinha pouca gente. Ia correr em casa, catar a minha máquina fotográfica quase descartável (quase como a falecida Love), tirar umas fotos, levar ao TRE-DF e entrar com um processo contra o deputado em questão, visto que, salvo engano, finalmente o Tribunal Eleitoral proibiu essa prática absurda de que o povo só precisa de atenção, carinho e cultura nos anos eleitorais. Entretanto, quando cheguei a casa, minha mãe veio falar-me da novidade: um assalto em plena luz do dia, às 16 horas e tantos minutos. Havia saído de casa há pouquíssimos minutos e até vi o cidadão que foi assaltado. Recordo-me que até apressei os passos, pois estava atrasado e pensei que tratava-se de uma testemunha de Jeová. O mais preocupante nessa história toda é que minha quebrada, a QNJ, é bem tranqüila em relação a outros lugares de Taguatinga, algo que mostra o crescimento da criminalidade e traz em seu bojo os seguintes questionamentos: Será que se houvesse uma educação de qualidade e gratuita para todos, esse caos não seria minimizado? Será que se houvesse uma distribuição de renda mais igualitária, os índices de criminalidade não seriam diminuídos? Será que as pessoas normais - não me refiro aos políticos profissionais - roubam por que querem ou por alguma necessidade? O assaltado não era vendedor, não era testemunha de Jeová, estava lá fazendo coisa errada (pedindo votos ao deputado e empresário Gim Argelo), é verdade, mas não merecia um tiro. Uns tapas, quem sabe. Não, brincadeira, violência nunca foi e nem nunca será solução para nada. Parece que outro passo importante também foi dado pelo TSE ao fixar a verticalização dos partidos, isso reduzirá as negociatas feita nos balcões das sedes partidárias, acredito. Passou da hora de dar um basta nesses engravatados do poder que só se lembram de nossas pífias existências no ano de Copa do Mundo; vamos processa-los, todos eles, sejam azuis, vermelhos ou qualquer outra cor que resolverem assumir (ps.: ‘eles’ são camaleões, mutantes famintos por poder!), vamos encher o balcão dos TREs de denúncias contra essa corja que nos sufoca e nos tira a esperança. Não devemos temer o Poder!

UM PARA CRISTO:

5 anos e o menino era bonzinho. Era mais feio que os outros, lógico, mas não era vesgo ainda. Daí, um belo dia, foto de criança, daquelas para a eternidade que todos queremos rasgar, mamãe de um lado, papai de outro e o fotógrafo no meio daquele fogo cruzado, tendo que mentir para não perder cliente. Mamãe gritava: “Xuxu, olha para a mamãe!”, “olha para o papai, olha para o papai!”, falava o pai. Como amava – e ama – os dois de forma igualitária, o menino-monstro ficou sem saber o que fazer e acabou olhando para os dois ao mesmo tempo. No movimento brusco que fez com os olhos, buscando atender ambos amores, foi flagrado pelo flash da máquina fotográfica. A forte incidência de luz fez com que cada glóbulo ficasse parado no lugar que se encontrava, o que ocasionou estrabismo imediato. “O que é ruim pode piorar”. E piorou mesmo. Meu Deus, como piorou. Especialistas foram consultados e o Coisa (ndr.: Coisa era um apelido carinhoso que as crianças de sua rua o chamavam) não melhorava. Buscando solução alternativa para o problema, os pais, sempre muito carinhosos, prometeram colocar o menino para andar um dia inteiro sobre o sol forte de Taguatinga. Além de não adiantar, Josefer, que é o seu nome de batismo, ainda contraiu o vício de percorrer toda Taguatinga caminhando, tanto que muitos o chamam hoje de “O Zarolho do Forest Gump”. Entretanto, Deus não é de todo mal, tirou-lhe a beleza, tirou-lhe a possibilidade de estar ao lado de uma mulher (sã!), mas deu-lhe o dom musical, tanto que seus dotes musicais são cobiçados por diversas bandas. Só hoje ele toca nas bandas: Phrenesy, Gárgula, Dark Empire, Slam Noise Terror e quebra uns galhos para Death Slam e Seconds of Noise nos momentos de sufoco. Olhando para o sul ou olhando para o norte, isso não importa, importa é que ele, o Josefeio, do qual o Phú é um grande fã, é o crucificado desta edição de bosta!

ÍDOLOS:

“Quando se está de bobeira, só se pensa em besteira!” Baseado nessa máxima, eu e o Frajola, bem à toa lá na Porão, pegamos carona em uma das novas coqueluches do besteirol televisivo e começamos a desenhar quem do underground brasiliense deveria entrar no programa Ídolos. De imediato, antes que a lama chegasse aos meus pés, tirei meu nome fora e joguei o do Frajola, visto que ele estava com cabelos e sandálias à Luis Caldas, com perigo iminente de alguém tocar Tieta e ele sair dançando pela loja. Jogado primeiro nome, os outros vieram em um imediatismo absoluto. Os jurados seriam: Michelle (No Class), Hery (IK), Marcos Pinheiro (Cult 22) e Tiago Babosa (Terror, IK e outras mil coisas). Phú seria um bom jurado, pois é exigente e ranzinza para essas coisas, em outras palavras, um chato do caralho, mas necessário para tais finalidades, entretanto, decidimos coloca-lo como o primeiro inscrito. Certamente, ele seria o candidato com mais atitude e personalidade. O embate, todavia, seria duríssimo, considerando os outros pretendentes. Rafael Manson seria o campeão, caso os requisitos fossem apenas visual (estar na moda do Rock) e obstinação. Eis que, como um grande astro deve possuir outros atributos, o espaço se abre para mais participantes: Josefer, Mário Linhares, Ronany, Frango, Natinho, Júnior, Adriano (Revival), Marcelo Podrera e Pedro (Violator) teriam apostas valiosas na bolsa de valores. E você, quem recomendaria? Em quem votaria? Só para lembrar: eu tô fora dessa merda, vão se foder! Seria que o SBT compraria nosso show se todos os nossos candidatos falassem castelhano?

ESPECIAL FESTIVAL PORÃO DO ROCK 2006:

Definitivamente, o Porão do Rock é o maior festival de Rock do Brasil e, talvez, quem sabe, de toda a América do Sul. Durante a coletiva para a imprensa, os produtores do Porão disseram que eram o maior evento em terras latinas e eu acreditei. Achei muito interessante e produtiva essa conversa da produção com a mídia oficial e alternativa. Se teve outra eu não sei, acredito até que tenha tido, mas foi a primeira que fui.

A edição de 2006 foi antecipada devido a Copa do Mundo e os dias escolhidos foram: 2, 3 e 4 de junho. A enorme estrutura seguiu a receita do ano anterior: dois palcos enormes para as apresentações, uma tenda eletrônica e várias stands (comidas, bebidas, merchandise e informações) espalhadas no local onde bandas e público se encontrariam para a diversão. Atrás dos palcos: camarim das bandas, salas da imprensa e da produção.

Duas bandas cancelaram suas apresentações em cima da hora. A Ankla teve problemas com visto e não pôde vir. Melhor assim, pois aí a sexta foi 100% aproveitável. A grande falta foi a veterana banda canadense Anvil, esses reais Metalheads iriam detonar em um festival do porte do Porão do Rock. O lugar do Metal foi dado ao Hardcore nacional. O buraco foi tapado, com excelência, pela paulista Lobotomia. A sexta foi aberta, com um incômodo atraso, pela banda Phrenesy. O quinteto taguatinguense que ganhou a vaga ao se apresentar na seletiva, tal como a Os Maltrapilhos, aproveitou muito bem os seus 30 minutos de fama, fazendo um show correto e energético, desfilando músicas próprias e covers da Slayer e Sepultura. Josefer, Aluísio e Jabá foram – e são - os destaques da banda. A Bruto, que acendeu os holofotes do outro palco, também foi prejudicada pela aparelhagem, mas conseguiu manter o público acesso com seu Metal pesado e cadenciado, que às vezes beirava o Thrash da Pantera, pelo visto, uma das influências da banda que mistura pessoas do Gama e do Valparaíso. Os cariocas da Matanza levaram diversão para o palco, além de sua tradicional mistura de HC e música Country. O vocalista é um ótimo frontman. A Ceilândia foi muitíssimo bem representada pelo experiente quarteto Punk-Rock Os Maltrapilhos. Mandaram 15 sons, fizeram todos pogarem, foram carismáticos ao extremo com o público, tiveram participação do Redson (Cólera) no cover da The Clash, mas, o grande destaque, quem roubou a cena foi o meu pequeno amigo Ian, quando tomou o lugar do pai para cantar uns sons. Meu, eu nunca vi um ataque tão faminto de câmeras fotográficas. Após isso, Lobotomia. Sou suspeito para falar, pois sou fã há muitos e muitos anos desses reis do Crossover Punk nacional. Foram clássicos atrás de clássicos. A roda de pogo era e enorme e contagiante, o que fazia aumentar a insanidade do vocalista Marcão. O que me deixou chateado durante a apresentação foi um princípio de tumulto que eu fui apartar, cheguei lá com o maior jeito de Gandhi e o cara disse que “ninguém estava brigando, que estava tudo na paz” e foi e me lascou um beijo. Na verdade, uma selinho, ou, como diria o palhaço Bozo, “uma bitoca”. Fui lá separar uma briga e quase comecei outra, mas consegui controlar-me, meu lado Gandhi ainda acaba comigo! No outro ringue foi a vez da Totem, que já tocou em outra edição do Porão do Rock. Acho que a salada musical proposta – e bem executada - pela banda se enquadraria melhor em outro dia, como no sábado, por exemplo. Os caras tocam muito bem, em especial o guitarrista Marreco, e o vocalista Régis tem uma presença de palco grandiosa, preenchendo-o completamente, entretanto, em uma noite de Metal e Punk, ficou aquele clima de invasão de festa, se é que me entendem. Os Punks da Cólera, definitivamente, não envelhecem. Acho que aquele lance de fonte da juventude não é lenda coisa nenhuma e eles estão lá direto, bebendo e nadando. O que saiu dos PAs foi uma aula de Punk-Rock e muitos estavam lá: pogando, cantando e aprendendo a lição. Muitos Bangers se misturavam entre os Punks e Hardcores em uma das festas mais lindas que eu já presenciei de todas as apresentações do Porão. Paul Di’Anno veio em seguida. Eu vi uma apresentação dele ano passado e foi categoricamente a mesma coisa, parece que o cara está definitivamente preso e comendo só do seu passado junto ao Iron Maiden, como se fosse uma ferrugem na crosta de um navio. Contudo, foi um belo show, cheia de clássicos, como era de se esperar. Torture Squad subiu ao palco já de madrugada e os headbangers não arredavam o pé. A Torture é uma das melhores bandas de Metal do Brasil, ao vivo, então, torna-se uma das principais. Os músicos, todos os quatro, são competentes ao quadrado e dão o sangue quando estão sob um palco. O Thrash Death que a banda detona fica ainda mais visceral quando tocado ao vivo, e quando o público responde, como respondeu, aí estamos diante de um verdadeiro pandemonium.. Krisiun fechou a noite. Uma responsabilidade que a banda contornou sem nenhum problema. O trio, os irmãos Koslene, estão cada vez mais entrosados e cheios de musicalidade. A banda continua rápida e extrema, mas não mais só isso, agora, além da velocidade absurda, eles possuem técnica apurada. Para encerrar a segunda participação da Krisiun no Porão do Rock, a banda resolveu convidar o guitarrista Andréas Kisser para uma jam. Foi muito bom, mas soou estranho e desnecessário tocarem Refuse/Resist da Sepultura. Para encerrar a sexta com chave de ouro, foi bem engraçado ver o vocalista do Sepultura (de Brasília) querendo conversar e tirar algumas satisfações com o Andréas. De rachar o bico ver o Marquinhos correndo do cara...

Sabadão, dia 03/06. Cheguei lá atrasado e perdi duas apresentações que eu fazia muita questão de ver: Capotones e Forgotten Boys. Pensei que atrasaria como na sexta, rodei na pista. Cheguei estava rolando Luxúria, um Pop Rock mais pesado que o convencional que é a cara da MTV, tanto que estão direto por lá. Não senti tanto feeling na banda, pois transparece, para mim, que foi um grupo musical arquitetado para ter sucesso. São ótimos músicos, possuem bagagens para lá de satisfatórias, uma vocalista linda, mas a espontaneidade passa anos luz de distância. Rolou Prot(o) com seu Rock dançante e, em seguida, Ultraje a Rigor. O que falta de espontaneidade na Luxúria sobra na Ultraje. Roger comandou toda a irreverência, a banda estava muito, muito à vontade no palco, e fez com que pessoas de diferentes gostos musicais dançassem e cantassem os seus velhos e novos hits. Foi uma apresentação bastante concorrida, extrovertida, descontraída e, acima de tudo, profissional. Bacalhau, ex-Little Quail, está tocando cada minuto melhor, estava em casa e feliz da vida. O show rendeu muito! Acredito que tenha sido a apresentação que melhor reproduziu a cara e o espírito do Porão do Rock.Os sulistas da Walverdes mandaram um Rock pesado que lembrou os velhos tempos da De Falla. Muita gente pulou, em especial, quando o trio resolveu presentear o público com uma versão para Sweat Leaf da Black Sabbath. Em seguida foi a vez da Bois de Gerião, essa banda de Ska de quinhentos integrantes já tem um público fiel no DF, logo, o show colocou todos seus seguidores (e mais alguns que perambulavam próximo ao palco) para dançar. Os argentinos da Los Natas fecharam a noite, pelo menos para mim. Fizeram uma apresentação eletrizante, com dedicação e profissionalismo impares, despejando boas doses de Rock’n’Roll sobre os presentes. Daí sai fora, não dava mais para ficar. Domingo nem desci, tava moído, osso triturado total, mas foi o dia mais lotado segundo os números da produção e da imprensa oficial. Tinha Titãs e Skank...

3 bandas que eu vivia insistindo vieram para o festival: Cólera, Ultraje a Rigor e Torture Squad. Sei que não foi por terem me ouvido ou coisa do tipo, pois é como costumo brincar: “minha influência com o Porão do Rock é tão grande quanto a de Osama com os Estados Unidos, após o mesmo ter se rebelado com o grande império norte americano”, mas deixe-me continuar fantasiando que a produção ouviu a voz do peão-tosco do CDC.

Já que eu entrei de graça esse ano por ser da imprensa, sinto-me mais à vontade para dar sugestões. Então segurem: já que voltaram e nunca tocaram no DF, bem que a produção poderia por em cima do palco a lendária Mutantes. Vocês eu não sei, mas eu e outros senhores gozariam nas calças vendo essa apresentação. Outro lance que ficaria bem bonito seria fazer um revival de uma ou outra banda do DF, sugiro, para tanto, Finis Africae. Algumas bandas, por tudo que representam, por tudo que já fizeram, merecem ser convidadas, entrar pela porta da frente, com direito a tapete vermelho e tocar em um dos palcos, são elas: Alarme (Punk), Besthoven (HC), Narcoze (Heavy-Metal), 5 Generais (Gothic’n’Roll) e Ellfus (HardRock). Eu colocaria os Viola para tocar também, lógico. Bandas de fora: Armagedom e Periferia S.A (SP) e umas três da gang mineira da gravadora Cogumelos: Holocausto, Chakal e Witchhammer. Também abriria espaço para as ótimas bandas do Underground goiano, cito aqui: Spiritual Carnage (Death-Metal), Ressonância Mórfica (DeathCore), Desastre (HC-Punk) e HC 137 (HC) e uma grande de Heavy que não consigo me lembrar o nome de jeito nenhum. Daria espaço para a música gótica chamando os paulistas da Violeta de Outono. Então, é isso. Paro por aqui. Até ano que vem, Porão do Rock! Parabéns por mais essa vitória!

METENDO A COLHER NA SOPA ALHEIA:

Vi o Brunão cantando com a Lesto! e pensei com meus botões (os da camisa xadrez com os patches da ROT e da Disrupt): “A Carol ficaria perfeita nessa banda dividindo os vocais com o Brunão”! Fica a sugestão e a torcida para que essa química role!

E É VERÍDICO:

Cuidado com as placas publicitárias espalhadas por aí. Por debaixo das felicitações, só existem interesses políticos e financeiros. Os out-doors são as armadilhas, nos, as presas. Quebremos as gaiolas,viremos o jogo!

FRASES DE BANHEIRO (Especial Dona Joyce Babosa):

“O peido é o grito de liberdade da merda oprimida.”; “Se merda fosse dinheiro, pobre nascia sem cu!”; “Aqui termina toda a obra de um cozinheiro.”; e “A diferença entre cagar e dar o cu é meramente vetorial.”

O OVO OU A GALINHA?:

Por ser um agente facilitador as eleições brasileiras foram colocadas nos mesmos anos das Copas do Mundo ou foram colocadas nos mesmos anos das Copas do Mundo por serem um agente facilitador?!?

“SERÁ O BENEDITO?”:

Os ministros do TSE aprovaram a verticalização, a mídia oficial divulgou isso. Fiquei tão feliz com a notícia que até falei da mesma logo acima, pois diminuiria o comércio partidário, mas não é que a politicagem falou mais alto outra vez e esmagou a razão. Em outras palavras, os ministros voltaram atrás, passaram uma borracha no que votaram e, pelo menos para esta eleição, a rifa partidária será mantida. “Mas será o Benedito?”

TRILHA SONORA:

Todas as bandas resenhadas, Venom, Nuclear Assault, The Simpsons e o CD da Expose your Hate (LINDO!)

COLABORADORES: Carlos Doido (valeu quinto de resma), Iran ‘Pituca’, Marcão (RJ), Sandra e Rocklane.

EXPEDIENTE:

CDC, Ivete Sangalo, Maria Bethânia, Mulher de Barba, Maria Moura, Vassoura, Malu Mader, etc.

Sites que continuam espalhando o veneno da Flor do Rock: dfhardcore.blogspot.com, nofashionhc.com, dopropiobolso.com.br, arzine.cjb.net e espero que alguém mais se atreva.

CONTATO:

QNJ 21 casa 11, Taguatinga, DF, 72140-210. Fone: (61) 3475-9391 ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

APOIO:

MAD HOUSE (Tattoo e Piercing – em breve: Estúdio de Ensaio) – QNM 18 Conj. C Lt. 01 Sl. 201 – Ceilândia Centro (em cima do Tesoura de Ouro) – Fone: 9142-2696

ABRIU PRÓ ROCK (CDs, Camisetas, Tatuagens, Body Piercings e Acessórios em geral) – Gama Shopping – Fone: 3484-0132 (agora também no Valparaíso 1)

CANAL 1 (Ensaios e Gravações) – M Norte – Taguá – Fones: 3491-4905 ou 9601-9463